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29 janeiro 2010

Sei não!!!


Era uma estrada tão bonita
À noite cravejada de amanhã
Bonita como a flor da romã
Só de nós dois, assim, restrita
Encantada ao clarão do dia
Encontrada em doce via
Cheia de magia
Era uma estrada de dois corpos
Sinuosos em seus caminhos
Unidos e plenos
Distribuindo carinhos
Mudos e sinceros
Por vezes tão austeros
E o tempo foi passando
E a tudo maculando
E onde você estava?
E onde estava eu?
Que descuidados e ocupados
Não vimos, nem sentimos
Que a estrada tão bonita
Era feita de destino
E se acabou em desvio
Por falta de reparação
Um pedaço segue reto
No pulsar do coração
E o outro
Onde dará?
Sei não!!!


Criada e postada por Márcia Vilarinho
Em 29.01.2010
http://casadapoesia.ning.com/profiles/blogs/sei-nao

28 janeiro 2010

Por acaso são andantes?



Não me cansarão
Os cínicos com sua covardia
Os enxadristas com suas jogadas
Os jovens com sua rebeldia
Os irônicos com sua arrogância
Os falsos com seus conchavos
Os brutos com sua estupidez
Os mentirosos com o nada
Os fracos com sua vitimização
Os ladrões com sua desonra
Os alcoólatras com sua bebida
Os preguiçosos com seu egoísmo
Os maus com sua destruição
Os poderosos com sua pose
Os consumistas com sua concorrência
E ainda me falam em diferentes?
E discursam sobre deficientes?
E me chamam cadeirante?
Por acaso são andantes?

Não a cadeira não é o ante
É apenas o diante
E, por falar nisso
Com licença
Vou rodar
Saindo da avalanche
Diante da perfeição
Vou amar
Com compromisso
De apenas ser e ser e ser
Feliz

Criado e postado por:
Márcia Vilarinho
Em 26/01/2010

http://casadapoesia.ning.com/profile/MarciaFernandesVilarinhoLopes

18 janeiro 2010

Poeminha de amor


Amanhece o céu em dourado
Acordo feita gotas em orvalho
Ao total clarão da madrugada
Vestindo o corpo multicolorido
Vivendo um sono mal dormido
Em que busco inteira o teu ser
Que sinto ser também meu ser
Esfrego um olho, acordo a alma
Adormeço novamente por fim
E reconheço no sonho a flama
No abraço quente do nosso ter
Uno no fetiche de amor carmim
E quando acordo te sinto junto
Totalmente enraizado em mim
Anoitece o céu em escuro breu
Para o amor de novo adormecer


Postado por Márcia Vilarinho
Em 18/01/2010

13 janeiro 2010

Varal de umbigos em corda de arrogância


Umbigo, laço que enlaça o maior presente
Que é a própria vida preparando o alicerce
Do feto em festa na etérea alma renascente
Ligando mãe ao filho em construção latente

Puro amor em fonte clara de vida que aflora
Na pequena criança que então assim chora
Mostrando ao mundo que em união perene
Formou-se de outro ser de quem descende

Nesse momento estóico corta-se o umbigo
Fazendo a marca do marco alimento amigo
Base da elaboração mais plena do Criador

E o ser humano esquece de como foi gerado
Para pendurar e desfilar apenas o seu umbigo
Em varal feito em forte corda de arrogância

03 janeiro 2010

Tardio retorno


Seus olhos azuis
São céu em mar
Tão ternos e lindos
Por anos seguidos
Fixados em mim
De volta de longe
De tempos tão idos
Do cofre da alma
Me foram roubados
Por um querubim
De cabelos dourados
Que agora de novo
Os trouxe pra mim

Criado e postado, em 18/12/2009
Por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
http://marciavilarinho.blogspot.com

01 janeiro 2010

Eterna aprendiz, em novo ano...de novo!


Em meio à maior vibração anual do humano do ser em coletiva junção, que bem poderia acontecer no renascer do dia a dia, energizando a tudo e a todos, você, querido ano novo, surgiu vestido nas mais belas luzes de festa que lhe formaram o berço primeiro, nos céus absolutos do Universo e no coração repleto de esperanças de cada um de nós.

No momento do seu primeiro pulsar, sorridente e espalhafatoso, chegou, sinalizando cores de indescritível beleza astral.

Não pude deixar de refletir nas várias estradas paralelas que vêm seguindo, há tanto, juntamente com a minha, de maneira tão bonita, iluminada, energizada e aquecida pelo sol, formando feixe de luz harmônico e pleno, que eleva e enleva, sabendo para onde se destina na empatia do querer bem e bem querer, sem perdas de força ou de luz.

Outras estradas que faziam parte do feixe, em determinado momento, pararam contrariadas com o brilho do feixe feito um a um por aqueles nossos caminhos e, paradas, assim permaneceram sombras, interrompendo, para si, a luminosa e intensa caminhada somada na luz.

Lá para trás no tempo estarão a formar, talvez, vencidas as sombras, outras paralelas em direções várias.

Que possamos, todos os que nos mantivemos na fé, na esperança, na verdade, na clareza, na união, na lealdade, no companheirismo, na força emprestada, na mágica magia do conforto chegado no momento certo, no abraço de almas, após rusgas, em silêncios demorados e mal entendidos, na generosidade do perdão por tantos atos falhos, em que nos respeitamos como eternos aprendizes, continuar somando esforços alegres e confiantes em vôos plenos ou mesmo rasantes.

Eterna aprendiz, em novo ano, de novo, eu lhe agradeço amigo a possibilidade do empréstimo de uma de suas asas para que somada com uma das minhas nos permita continuarmos o conjunto vôo, sempre e sempre e sempre...sem perder a direção comum do nosso feixe de luz.

Beijos a cada um dos meus amigos e em especial para você.

Criado e postado, em 01/01/2010, por
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes