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27 fevereiro 2010

O SABIÁ LARANJEIRA E O BRASIL


Nascia o dia...em parto normal, no território do Brasil.

O sabiá laranjeira, ao pé da rua, em pleno alvorecer, como símbolo das terras sagradas em verde e amarelo, entoou seu primeiro canto do dia, como se flauta...só não sabia se era o seu canto próprio...ou se seu próprio canto se fazia em Hino Nacional.

Não nos esqueçamos que o sabiá canta, em magia, ao alvorecer e ao por do dia...

Abri o jornal. Estanquei...com a situação de Brasília. Na seqüência, engasguei-me com o próprio ar ao ler sobre a visita do Presidente a Cuba, desculpando-se pela morte de Zapata, faltando-lhe, na foto de jornal, uma bacia dourada e uma toalha alva para lavar as mãos, mesmo assim, subjetivamente as plasmou, ao dizer: “Eu não recebi nenhuma carta. As pessoas precisam parar com o hábito de fazerem carta, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros. Se essas pessoas tivessem falado comigo antes, teria pedido para parar e eu, quem sabe, teria evitado que eles morressem, de forma que eu lamento que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”.

Todos os países, sob o autêntico manto da democracia, protestaram pela ausência de respeito aos direitos humanos em Cuba, pedindo a libertação dos presos políticos naquela ilha...nenhuma só palavra...nesse sentido, do nosso representante...em nome do povo brasileiro...o que, de per si, representa indício de profundo desrespeito ao mandato que lhe outorgamos.

Os cubanos, que por aqueles direitos lutam, haviam referido se encontrarem com o Presidente e, este, atribuiu, de forma absurda, ao próprio Zapata a responsabilidade por sua morte, em atitude grotesca...dizendo que o líder se deixou morrer por uma greve de fome, como se no fato não houvesse resquício político algum de luta pela dignidade humana, no ato que o levou à morte.

Conforme consta da imprensa nacional, houve abstenção de qualquer posicionamento, do nosso país, quanto ao pedido do grupo de presos políticos cubanos, quando se entende, sim, dever da diplomacia brasileira haver promovido um encontro entre o nosso Chefe de Estado e os nobilíssimos dissidentes cubanos.

Reanimada do engasgo, tive a sensação de sentir sob meus pés, insensíveis, pré-anúncio de grande terremoto, tão abismada me pareceu a falta de representatividade brasileira, por nosso porta voz maior, perante o abominável fato, que se revela perigoso, reitero, pela projeção que encarta o comportamento do Presidente, se especializando cada vez mais em ser detentor do poder, pelo poder.

Alguém precisaria lhe dizer que poder representa a capacidade de realizar, e realizar no caso do Chefe de Estado Brasileiro, é garantir e defender os princípios democráticos para os quais lhe investiu o povo brasileiro, em qualquer lugar em que se encontre em função do cargo que detém em conseqüência apenas de mandato eleitoral a ele concedido pela maioria do povo brasileiro e só por isso está ele encarregado de nos representar, ficando o seu unilateralismo e pessoalismo relegados apenas a sua vida particular, se assim o quiser.

E mais, tarde ao alvorecer, refletindo, ainda, sobre o quanto estamos, todos, dormitando à sombra das alvissareiras, e falsas, notícias de progresso nacional...subtendendo que se saiba o que é progresso nacional... pedi ao Comandante Maior do Universo, que permita um despertar à consciência deste amado povo, para mais um ano eleitoral...e, só então, percebi que o sabiá laranjeira não cantou, como de costume ao entardecer.

Pareceu-me, assim, que nem mesmo o sabiá se conformou e entristecido mudo ficou, talvez em protesto, talvez impossibilitado por qualquer outro tipo de engasgo...até por alpiste talvez...

Faltou-nos, pois, o seu sonoro canto...que continuo sem saber se não será o hino nacional do país... de que ele como pássaro é símbolo e representa.

Acorda Brasil...canta sabiá...faça-se poesia, do dia a dia, a letra do nosso Hino Nacional..praticando-a...senão vejamos:

(...)

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas.
De um povo heróico o brado retumbante.
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos.
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade.
Conseguimos conquistar com braço forte.
Em teu seio, ó Liberdade.
Desafia o nosso peito a própria morte!

(...)

Criado e postado por
Márcia Vilarinho
27/02/2010

26 fevereiro 2010

Vulto oculto


Escondido na penumbra
Pra ver se ninguém o vê
A tecer seus vaticínios
Todos feitos com ardor
Cercando se de vultos outros
Que não o conhecem bem
Faz se o vulto conhecido
Por quem de longe bem o vê
Vai, vai, derramando poeira
De uma nuvem passageira
Que sobre seus ombros
Não demora choverá


Pobre alma atormentada
Doente asfixiada
De solidariedade e amor
Deixa em paz quem quieto está
Pare de atroiçoar
Com seu gesto sorrateiro
Projetando cá e lá
Esse tão triste estribeiro
Olhe seus olhos pra ti
Olhe seus olhos pros teus
Olhe quão grande o mar
E vê se aprende a amar
------
Criado e postado por Márcia Vilarinho
25/02/2010

21 fevereiro 2010

Boneca de pano

Sentada num canto, tal qual boneca de pano, vislumbrei o céu, plenamente azul, acomodada num tapete voador escondido em minha mala.

Na estação das águas claras, as pessoas circulavam em uníssonas gargalhadas de alegria, algumas dentro da água, outras ao sol.

Em poucas pessoas, meus olhos acostumados ao brilho do nascer de cada dia, conseguiram perceber algumas gotas de amor.

E o sol, causticante, aquecendo intensamente o meu corpo se fez também clamor de alma que num pequeno e desvalido brado disse adeus.

No trem da vida, vários passageiros sobem e descem, alguns permanecem, outros se vão...não apenas durante a viagem...mas, sobretudo, do nosso coração.

E a boneca de pano em seu vestido de chita esquecida ali num canto ainda faz da vida um mágico eterno encanto.

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Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
21/02/2010

18 fevereiro 2010

Quando não caem as máscaras


Eu quero muito entender que espécie de patologia alcança a alma de alguns seres tidos por humanos, falsos como jóias de bijouteiros, incansáveis faladores da vida alheia, daqueles que adentram por sua casa, invasivamente, e saem dela a falar dos mais íntimos detalhes e anseios que alguém dentro daquela casa, daquele lar, possa ter e a quem, por direito, por ética, consideração, por todas as qualidades morais de um ser humano, deve-ser respeitado.

Não vêem lugar, não vêem nada, despejam seus comentários, de tudo o que viram, como se especialistas, em fazer da vida do outro seu assunto principal.

E quantos há, letrados, soberbos, incansavelmente vestidos da roupa de samaritanos. Por que quem faz caridade, entendo eu, tem por princípio impedir que a mão direita saiba o que fez a esquerda. E mesmo que a tenham feito, não têm o direito de invadir a vida alheia. Vida alheia é sagrada mais que a nossa, porque a nossa nos autorizamos a abrir, mas a do outro nunca.

Agora, pergunto? Vá ver se esses pobres doentes sociais, desconhecedores de quaisquer princípios éticos, dizem algo de suas próprias vidas... infelizes penso eu....dizem nada.

Convenhamos, você batalha sozinha, ainda que com vários amigos e familiares, a lhe apoiar, você pega a sua cadeira de rodas, e anda, e corre, e se precisar sobe e desce escadas, engole o seu luto, engole seu choro, e luta pra trabalhar, pra vencer, pra alimentar seus filhos, e vê alguns sorrateiros falando da sua vida, sem sequer saber o que você precisa, quem você é. Ora, tenham a fineza de se tratar. Fofoca mata, mas mata muito mais quem a fez, porque o bumerangue da vida volta e podem acreditar, volta mesmo.

Quem tem telhado de vidro, mesmo que com seguro pago, tome cuidado com as pedras que atirar.

Não existe ninguém que corra mais da cruz, nem mesmo o diabo, do que os falsos quando se deparam com uma viúva, com dois filhos pra criar. Podem estar certos desta pesquisa feita em vida e conscientemente.

Muitos fazem de conta que aceitam você, mas está escrito nos olhos, no corpo, na fala, na postura, da maioria desses do grande medo de ter que ajudar.

No entanto, na minha porta, muitos já vieram bater. Há muitos eu sei que ajudei, por amor, por dedicação, por obrigação, por condições e por vontade de o fazer. Há outros por quem eu morreria ajudando, mas esses são bem poucos, muito poucos mesmo, mas valem como jóias lapidadas pela mão de Deus.

Muitos também já me ajudaram, outros dizem que o fizeram, e os falsos, esses produtos dos bijouteiros, esses sempre se fazem eternos benfeitores dos locais onde residem e se constituem na mais perniciosa praga que formiga minúscula jamais viu, porque se ver se especializará em ser praga maior ainda.

E sabem do que mais eu me afastei visivelmente de todas as pessoas com síndrome de pânico quanto à ajuda que uma cadeira, na opinião dos leigos, precisa pra andar, porque não perceberam que eu a conduzo pra onde eu bem quiser, ainda, e sempre foi e assim será, e que não me venham empurrar no caixão, futuramente, porque eu levantarei e farei Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

Aos verdadeiros amigos, boa noite, com amor sempre e para sempre.

Aos falsos, frutos de bijouteiros, que por certo saberão ler entrelinhas, tanto aos que falam como aos que escutam, deixo, de presente, uma especial letra de música para que os norteie.


Falso Brilhante
João Bosco

Composição: João Bosco / Aldir Blanc

O amor.
É um falso brilhante.
No dedo da debutante.
O amor.
É um disparate.
Na mala do mascate.
Macacos tocam tambor.
O amor.
É um mascarado:
A patada da fera.
Na cara do domador.
O amor.
Sempre foi o causador.
Da queda da trapezista.
Pelo motociclista.
Do globo da morte.
O amor é de morte.
Faz a odalisca atear fogo às vestes.
E o dominó beber água-raz.
O amor é demais.
Me fez pintar os cabelos.
Me fez dobrar os joelhos.
Me faz tirar coelhos.
Da cartola surrada da esperança.
O amor é uma criança.
E o mesmo diante da hora fatal.
O amor.
Me dará forças.
Pro grito de carnaval.
Pro canto do cisne.
Pra gargalhada final.
---
Criado e postado por
Márcia Fernandes Vilarinhos Lopes
18/02/2010


16 fevereiro 2010

No rumo dos braços teus


Ontem por horas tão juntos
Bem depois do anoitecer
De mãos dadas simplesmente
Num afeto de tão longe
Que não mais logramos ter
Como se essências do vento
Nas asas do nosso tempo
Viessem de novo trazer
Senti-me tão abrigada
Em alma agasalhada
Na ternura do teu ser
E os teus olhos cravados
Nos meus olhos marejados
Por não saberem mais o rumo
Do meu coração tão cansado
E do meu ser imprudente
No sentimento ardente
Que do passado brotou
E que não mais se calou
Nesse amor só seu e meu
Um beijo aconteceu
E a noite anoiteceu
No trajeto do meu rumo
No rumo dos braços teus

---

Criado e postadoPor Márcia Vilarinho Lopes
Em 11/02/2010

Carnaval da Vida


Durante todo meu tempo
Em que lhe esperei
Oscilante
Com medo
Do tempo seu
Na expectativa gritante
De um abraço que fosse só meu

E nessa parte da vida
Nas pétalas da margarida
Bem me quer ou não me quer
Como menina crescida
Na idade que não tenho mais
Não escutando meus ais
Você desapareceu

Tenho certeza, no entanto
Que de um jeito ou de outro
Você é um pouco meu
No entanto um harém
Bem além do que eu quisera
Fez me perder a quimera
De estar nos braços teus

E no carnaval da vida
Em alegria vibrante
Você Pierrô fascinante
No brilho dos olhos meus
Colombina não mais criança
Que em semente adormeceu
E na foto de frente você e eu

Pierrô e Colombina
Pra sempre
Adeus

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Em 12/02/2010

Eu miosótis


Caminhando pelos jardins da alma
Em passos lentos repletos de calma
Deparei me com um lindo miosótis
De um diferente azul em médio aniz
---
Triste e solitário com lágrima única
A fornecê-la para uma pequena bica
Em forma de fonte de água luminosa
Como origem de uma força grandiosa
---
Alimentando-a com sua própria cor
Como pequeno e mágico grão de amor
Que nas pétalas do belo miosótis luziu
---
Por ser a parte mais bonita do jardim
Foi a lágrima única da fonte em mim
Mágico espelho que meu inteiro refletiu
---
Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Em 12/02/2010

Valsa de Formatura

Ao som do anúncio
‘ Sapatos rolantes’
Deslizam na pista
Em luzes brilhantes
Nervosos demais
É pura emoção
Em atos finais
De arrumação
Na dança da valsa
Centrada no anseio
Nos olhos parceiros
Do filho primeiro
Depois ao redor
Me encontro catita
As mãos em enleio
Do início ao final
Leveza de asas
Primeiro os corpos
Depois a cadeira
Em efeitos fatais
Dançando nos ares
Nós dois somos pares
Dos outros casais
E assim meu querido
Com brilhantismo
Você se formou
Comigo dançou
E pra nossa alegria
Foi pura magia
Pra sempre guardada
Na caixa da alma
Em que a vida fincou

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
Em 06/02/2010

http://casadapoesia.ning.com/profiles/blogs/valsa-de-formatura

12 fevereiro 2010

Da força dos opostos


O céu ribombava em trovões gigantescos gritando a fúria dos céus. As nuvens entumescidas e obesas num balé sarcástico se esforçavam para acompanhar o vento, vendaval, que assobiando a cantiga macabra, que só os ventos são capazes de saber assobiar, provocavam receio e medo em todos que percebiam o céu se desmoronar. A chuva não tardou a cair, alagando ruas, derrubando barracos, casas e levando carros de roldão. Várias árvores arrastadas sem piedade com raízes, folhas e frutos. Hortas desmanteladas,. Pomares desguarnecidos. Fome de amor na natureza saturada do vazio dos homens no dia a dia de sol.

O sol surgiu rapidamente e clareou o caos no sorriso amplo dos céus. As nuvens adelgaçadas e finas num balé enigmático bailavam em sintonia com a brisa, suave e meiga que arrefecia os poros de todos os seres humanos em carícia tépida e sensual num acalanto de amor, baixo ao céu a se azular. A vida não tardou a brotar, secando ruas, germinando novas sementes de árvores, através do pólen das asas das borboletas multicores. Hortas esverdeadas e vitaminadas. Pomares repletos de flores. Fome de amor dos homens vazios na natureza saturada do dia a dia de sol.

Bem como esses dois cenários de diferentes orgias da natureza, viva e eficaz, eu sou por alguns dias tempestade bravia e em outros brisa tépida em acalanto, sempre em função do amor que me tempera toda em toda e qualquer aflição.

E se algum dia quiseres, da alma de uma mulher, buscar a compensação entre a tempestade que assola e o sol que lhe consola, procura saber sempre qual é a distância entre ela e a lua.

E enquanto sobe a maré, na febre do próprio mar, eu me consumo nos dias entre a fúria e o sorriso dos céus, simplesmente pra te amar.

07 fevereiro 2010

Quando a vida aprova a vida



Um dia, no colégio, uma criança, com 07 anos de idade, ao brigar com meu filho, disse-lhe: bem feito, sua mãe vai morrer logo, porque ela é paraplégica e você não vai mais ter mãe.


Nesse mesmo dia, em casa, com o os olhos marejados abraçou-me, soluçando, e me contou o ocorrido, pedindo-me para que eu não morresse nunca porque ele não queria ficar sem mãe.

Conversei muito com o meu filho naquele dia, mortificada, porque jamais permiti que a minha paraplegia os alcançasse (tenho mais uma filha também), pois eles poderiam ter outras dificuldades como seres vindos ao “planetinha” para aprendizado, mas essa não. Essa era só minha.


O fato ocorrido, de maneira tão comum entre pequeninos de mesma idade, valeu para que pudéssemos conversar sobre o assunto e dar-lhe a merecida atenção.


No outro dia, na escola, escola tão querida que ficará em nós pro resto de nossas vidas, tamanho o carinho, atenção e dedicação com que sempre nos trataram, expliquei o ocorrido à coordenadora.

Observei que seria importante uma orientação direcionada aos pequenos sobre as diferenças existentes entre pessoas, para que, em linguagem simples, pudessem compreender o que significa a dificuldade motora e outras dificuldades que podem afetar a todos, sem exceção, enquanto mortais, quer sejam elas de que espécies forem.

A escola não apenas se limitou ao que pedira e projetou esse trabalho de orientação para todas as faixas etárias existentes na grade curricular compatível.

Muitos anos após o ocorrido, ontem, dia 06/02/2010, realizou-se o baile de formatura do meu filho, e desde que se iniciou a programação para a formatura ele já me convidara para dançar as valsas com ele e me dissera; “Se eu tenho a minha mãe porque vou dançar com a mãe dos outros?”.


Procurei uma escola de danças especializada para pessoas que usam apoio em cadeira de rodas e não encontrei, não ensaiamos nada e combinamos que na hora a valsa aconteceria.

Ontem, exatamente à meia noite, entrávamos, anunciados pelo Mestre de Cerimônia, na pista de dança, para a comemoração, em gala, da formatura da turma de Administração de Empresa com ênfase em Comércio Exterior, do Mackenzie, matutino, Consolação, ano 2010, e as rodas do meu sapato especial deslizaram pelo salão, onde de mãos dadas com meu filho, dançamos a tão esperada valsa, como se anjos dançadores, ao nosso redor, emprestassem-nos suas asas. Há muito não me sentia tão feliz e plena, pois sempre gostei muito de dançar e, independentemente da paraplegia, danço até sozinha.

Ao final da segunda valsa, minha filha, mais velha, e demais amigas de turma dele se aproximaram e a dança, em meio à alegria mais contagiante, acabou se fazendo em grupo, numa irradiante felicidade.

Ao episódio ocorrido há tantos anos, a minha gratidão eterna à escola pelo trabalho de vanguarda, na conscientização dos pequeninos, que hoje homens já estão.

À vida a minha vibração de amor maior a Deus, pela possibilidade que me ofertou de gerar e ter esse filho tão especial, que veio em missão de alegria, após a minha paraplegia.

Nesse momento, filho, lhe digo: - não me esquecerei jamais da valsa que dançamos, por tudo o que ela representou...e que traduzindo se reduz em....amor...pois onde há amor existe aceitação e não o errôneo termo “inclusão social”.


Que na festa da vida, as luzes de neon (luzes frias) chamadas inclusão social dêem lugar ao sentimento maior que nos acolhe a todos no mesmíssimo aprendizado base...e que é chamado amor, porque somente assim todos terão a oportunidade de crescer, conviver normalmente, apesar das diferenças entre cada um de nós, e acrescer neste mundo inserido num universo bem maior que o limite de nossas vistas pode alcançar.

Beijos a todos e parabéns turma do Mackenzie 2010, em 06/11/2010, pela bela e alegre festa que realizaram. Sorte. Sucesso e...muito amor.

Criado e postado em 07/02/2010
Por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes
http://marciavilarinho.blogspot

04 fevereiro 2010

Poema pra ninar você



Anoitece
A lua lunática caminha
E frenéticamente dança

Estrelas vestidas de festa
Em nosso recanto astral
Iluminam qualquer fresta

Adormece o dia
Adormece você
Adormeço eu

E no sono uma cantiga
Pra ninar gente grande
Em acalanto que nos liga

Um anjo efluvia
Uma harpa anuncia
Uma eterna melodia

Desperta o dia
Desperta você
Desperto eu

O sol no azul se enraíza
E a sensação da cantiga
Nas manhãs se eterniza

Publicado e criado por Márcia Vilarinho
Em 04/02/2010
http://casadapoesia.ning.com/profile/MarciaFernandesVilarinhoLopes

A mais triste despedida


A mais triste despedida


Nessa mesma data
Há treze anos
Você partiu

O comboio inexorável da vida
Chegava à estação derradeira
E senti seu último suspiro
E junto eu também morri
Por questões de segundos
Minhas veias endureceram
Como se fossem explodir
As artérias ficaram inertes
E minha alma urrou a dor
Da mais triste despedida

Foi quando um anjo me abraçou
E me fez retornar de alma inteira
Pra seguir na estrada rotineira
E abraçar a saudade
E enlaçar as lembranças
Fotos vivas do amor
Que continuou
Porque é eterno

Criado e postado por Márcia Vilarinho
Em 04/02/2010
http://casadapoesia.ning.com/profile/MarciaFernandesVilarinhoLopes