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30 outubro 2010

Cálice


Frases esparsas
Sentidas
Marcadas
Gravadas por um
Esquecidas por outro
Foram cálice de licor
Comprado e não servido
Em translúcido cristal
Transparente
Afastando o amor

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

27 outubro 2010

Sentimentos

Gorgeiam os pássaros
Assovia o vento
Marulha o mar
Se abre a flor
Ao calor do sol
E se orvalha
À luz da lua
Num raio multicor
E tudo isso é amor

A pedra rola
O seicho se especializa
A terra treme
O céu ribomba
As estrelas acordam
A noite tinge o dia
A brisa acaricia
A cachoeira canta
E tudo isso encanta

O ar se fortalece
A energia cresce
O universo acresce
A vida se revela
O tempo pulsa
Os segundos correm
O pensamento enleva
As lágrimas escorrem
E tudo isso eleva

A natureza sente
E brota
De forma natural
Seus sentimentos
E o ser humano
Em travas do racional
Bloqueia o seu sentir
Com medo de sofrer
E vai se esconder

E a máscara posta
É como a tampa de perfume
Tão atarrachada que enrosca
Sem deixar jamais
A fragrância se expandir
E invadir
E alcançar
E abraçar
E sentimentos ser

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

21 outubro 2010

Minha oração de todo dia...poesia



Minh’alma
Dita orações
Em exaltação
Poesias
Pulsantes
De inesgotável amor
Do sonho às rimas,
Das rimas aos versos
Conversas ao universo
Em eloqüente elo
De seres cativos
Terna e eternamente
Em beleza e cor
E da paz ao sonho
E do sonho às metas
Passeio pelos anseios
E o céu
Moradia das estrelas
Anoitece a cada novo dia
E então há elevação
No corpo da alma
Da gente
Em canção
A ditar às mãos
Mais uma oração
Em que recolho a luz
De cada tempo
Em jardins de eventos
E colho das partituras
Somente a melodia
As notas puras
Da música divinal
Cantada pelo vento
Regida pela brisa
Em coro de anjos
Orquestra de devas
No balê do coração
Que dança
Em sintonia direta
A cada novo dia
Numa oração completa
Em forma de poesia

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

19 outubro 2010

O silêncio fala alto quando grita sentimentos


A energia que me alimenta
Que vem do cosmos
Que passa pelo mar
Voa pelo ar
Ancora em mim

A mesma energia que te alimenta
Que vem do cosmos
Que passa pelo mar
Voa pelo ar
É a mesma que ancora em mim

E nesse ciclo maravilhoso
A única voz que se ouve
É a do o silêncio
Que fala alto
Quando grita sentimentos

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

11 outubro 2010

Reticências d'alma

Para visualizar, clique no livro e quando abrir, clique em f11 para ficar tela cheia. Para BAIXAR, veja na coluna ao lado.

10 outubro 2010

Hoje, amanhã, sempre, para sempre


Não
Eu não te abandono
Porque me abandono a ti
No mudo silêncio
Que me invade
Nasce no meu peito
Uma triste flor
Da cor do sangue
Da chama viva
Do fogo ardente
Chamada saudade
Sem qualquer amenidade
Porque machuca e faz doer
Saudade, sim saudade
Dos momentos ternos
Da amizade companheira
Como trilha em esteira
Do sólido sentimento
Que ninguém derrubou
Muitos me odiaram
Muitos também me amaram
Mas nada disso tem valor agora
E vou mundo afora
Porque o que me importa
É o que meu coração comporta
E nada haverá de demover
O que não querem ver
Falem todos os que não podem calar
Falem todos os comprometidos
Com esse orgulho atrevido
Com esse desfavor arraigado
Apegado
Porque eu gritarei ao vento
Eu bradarei ao mar
Sem medo
Natural
Universal
Sentimento
Que me faz amar-te
Hoje, amanhã, sempre
Para sempre....

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

02 outubro 2010

Delicada pausa



De repente a febre até passou
Mas a garganta continua atingida
Afetada por palavras que ainda calou
Talvez à espera de palavras outras
Como fonte d’água necessária
A limpar os caminhos
A clarear horizontes
Em reconhecimento de eus
Em nós, de agora em diante
Delimitando novo horizonte
Pra uma nova sinfonia
Em acorde inicial
Em limitadas linhas
Claras como o dia
Límpidas em raios de sol
A trazerem  nova energia
Ao sentimento...seu e meu
Senão no mesmo sentido
Então em retas paralelas
E enquanto palavras se calam
A música continua
Na alma da composição
Que em delicada pausa
Espera

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes