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21 novembro 2011

Liberdade

Um novelo bem mesclado
Roubado do arco íris
Colocaram em minhas mãos
Para fazer um bordado
Encantada e sob o sol
Na fresta de uma mangueira
Ao som de uma cachoeira
Comecei o meu mister
E estampei em ponto cheio
Uma pipa se rompendo
Da linha do carretel
E as cores eram tão lindas
Que flanei junto com elas
E naquele momento fui pipa
Livre, liberta
Colorida e fugidia
Tanto quanto
Neste momento
Sou inteirinha poesia.

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

14 novembro 2011

O equinócio em mim

O equinócio em mim
Nasce da igualdade
Das noites feitas assim
Em luminosidade cálida
Saudade transcendental

O equinócio em mim
Perpetua o orgasmo
A carícia e a ternura
Os risos soltos de alegria
Corpos entrelaçando amor

O equinócio em mim
É medida fixa que fica
Fincada no eterno ser
Na epiderme da célula
Primeira que me constituiu

O equinócio em mim é para sempre
Noites idênticas de ardor
Que não se diluiu
Nem se consumiu
Esparso  nos caminhos

O equinócio em mim
É você que foi além
Fez se penumbra
E finalmente luz
Que se reflete em mim

Criado e postado por Márcia Fernandes Vilarinho Lopes