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27 junho 2012

Sou livre...sei que sou


Hoje vislumbrei-me
Liberdade
Em mim esparramada
Como sementes brotadas
Em terra preparada
Porque somos livres
Ainda que no cárcere
Das emoções
Ainda que sob legislação
Ainda que sob o relho
Dos desmandos
Somos livres
Quando tomamos a direção
Dos nossos pensamentos
Livres pensamentos
E os realizamos
Criando nossos próprios caminhos
Trilhas abertas em qualquer rincão
Sou livre
Sei que sou
Na desobediência à contenção
Ainda que aquebrantada
Ainda que amordaçada
Ainda que condicionada
Ao uso de uma cadeira...que roda
Para o desespero de muitos
O aplauso de outros
E a minha auto aceitação
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

05 junho 2012

Minha caixinha das emoções contidas

A suavidade da canção
Invadiu o ambiente
Restrito
E restritivamente
Me ative tão somente
À partitura da vida
Que se inicia pela nota
E em meus pensamentos
Mitigaram lembranças
ceis de brotar
No coração em sol
Latejando brilho
Sinalizando a ária
Das emoções tão só
Concentrei-me tão somente
Na via de mão dupla
Tão evidente
À minha frente
Por ela seguindo
Até o ponto de partida
Sem chegada
E sem parada
Assim perdida
Em milesimal momento
Num labirinto
Chamado nó
Sem reconhecer paisagem
E sem retroceder caminhos
Fomos embora...
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

04 junho 2012

Como é gostoso gostar de você



 
Como é gostoso gostar de você
Quando saímos a esmo
Como crianças em férias
Parando numa mesa de madeira
Num atalho ao fim da estrada
E de repente surpresa
Você retira do carro
Uma cestinha de vime
E dentro dela
Tudo o que mais gosto
Recheada de carinho
 E no meio escondidinho
Não acredito......
Uma caixinha com...
Mandiopã
Fazendo da hora
O recreio
E a infância me abraça
No abraço do seu olhar
E você marca a semana
Tanto que hoje estou a pensar
Como é gostoso gostar de você
Que faz de conta que encontra
Um lugar encantador
Que você com muito esmero
Escolheu...guardou...premeditou
Como se fosse ao acaso
E assim vamos contentes
De canto em canto
Até o sol adormecer
E o dia entardecer
Fazendo nossa ciranda
E no reflexo do luar
Quando a noite se adianta
Passamos a ser dois cálices
Em mistura de sabor
.
Márcia Fernandes Vilarinho Lopes