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28 maio 2015


História de uma menininha
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II – Você chegou
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Voltar às origens
Ao choro primeiro
Inaugurando a vida
Despedindo o “Ésper”
Na conexão vital
Entre o lá e o cá
Abrindo os olhos
Vendo...
Olhando...
Vislumbrando...
E captando
Tentando entender
Ou lembrar...
Não sei!
Rodeada de amor
Emanada do amor
O de lá
E o de cá
Eu sei!
Acordando
Simplesmente acordando
Em todos os sentidos
Que essa palavra assim tem
Pra uma nova etapa
Feita de tantas “etapinhas”
Nascidas com o movimento
E vamos menininha!
Vamos aprender a sugar
Do leite o nutriente
Da vida o sal
E depois olhar a luz
Diferente da outra
Aquela natural
E ver que há dia e há noite
Que marcam o tempo
E o corpo cresce
E a alma acresce
O teu caminhar
Nunca mais sozinho
Porque onde quer que queiras
Aonde quer que vás
Menininha
Acompanha-te a origem
Acompanhamos-te nós
Teus pais da terra
E teu Pai do céu
Que não somos apenas corpos
Nem falas
Somos muito mais
Somos a esfera global
E nada de mal existirá
Na soma do bem
Ah! Menininha!
São tão simples as estrelas
Pra quem as olha somente a mirar
Mas dentro delas
Uma eternidade inteira
Para que pudessem brilhar
E de mãos dadas
Estamos juntas no mesmo ventre
O ventre do Universo
A nos fazer parir
E ao mesmo tempo nascer
Do amor...e para o amor
Que é isso que viemos aprender
E eu te amo
Por tudo que trouxestes
Por tudo que me destes
E por tudo que te dou
 Assim eternamente
Indistintamente
Invisivelmente reclusa
No "tictac" somada
Ao teu coração
E ao coração do mundo
Como tua mãe
...
Márcia Vilarinho 11
 

“História de uma menininha”
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I - Do primeiro momento
..........
Ei, Menininha
Não chore não!
..........
Recapitulando a foto
Eis o momento
Onde tudo começou
.......
Eu tenho em mim
Um presente
Pra você
Chamado amor
Ele é a notícia
De que você
Já vive em mim
E desde então
Meu coração
Continua a bater
Por nós duas
E o do seu pai
Por nós três
E nesse momento da vida
O Universo nos abraçou
Para sempre
.
Márcia Vilarinho 11
*

06 janeiro 2015

Sem limites

Não quero o limite do corpo
 Senão a proteção da alma
E para tudo quero calma
Nesse ambiente inóspito
Chamado Terra
Não quero o ditado reduzido
Ao que desejem que eu fale
Ou ao que esperem que eu cale
Não quero ser marionetada
Menos ainda ser condicionada
Ou robotizada aos poucos
Lenta e hodiernamente
Pra isso Deus me tornou diferente
E aceitei a diferença
E me vesti de minhas nuances
Criativas...todas elas
Solitárias sem igual
Sem o convívio sincero
Direto e natural
Da maioria dos iguais
Que sempre consideraram
O mas...
O limite...
A roda...
E a incapacidade de serem naturais
Porque somos todos desiguais
Eu quero a espontaneidade assim
De ser e de expressar a pureza
Dos sentimentos em palavras de verdade
De mãos dadas com meus olhos
Acalentadas pelo calor
Da minha energia plena
Sol de cada manhã
Dos minutos expansíveis
Extraídos
Da minha vida
Reconduzidos assim
Ao meu eu semi espatifado
Só fisicamente
E não esperem de mim
Nada além da nudez
De princípios e sentimentos
Na linguagem da sinceridade
Na calma naturalidade
De que tudo pode ser
Quando se constrói
Juntando-se
O conhecimento
Em nós
Por nós
Nas bases do amor
E só por isso eu sou
Ainda mais deficiente
E essa sã deficiência
É irreversivelmente
Sem limites
.
Márcia Fe. Vilarinho
                                                                        06/01/2015
 

04 janeiro 2015

Réquiem


Quando eu me for...
Um dia...
Basta um dia...
Quero ir
Abraçada ao meu anjo
Que na vida me guardou
E que me leve então
A quem me aguarda
Pelos liames do coração
E na trilha que será de luz
Enquanto me despeça
Do corpo tão abrigo
E de cada um dos companheiros
Da estrada e da jornada
Uma única coisa poderei levar
E peço que ma entreguem
No momento da despedida
São as músicas que falarão
Por nós... eu.. já a caminho
E vocês ainda no rincão
Então na minha passagem
Que compareçam em sonoridade
Vibração mágica alcançável
Onde quer que eu esteja
André Rieu e Richard Clyderman
Em May Way no início e ao final
Em todas as valsas de Sissi
Sissi a Imperatriz e Seu destino
Em a Noviça Rebelde
E...em Supercalifragili espiralidoso
E deixem cantar Geraldo Vandré
Pra não dizer que não falei das flores
E não se esqueçam de Vinicius e Toquinho
E Nara Leão...todos os do meu tempo
Em contestação...e Cálice...
E bem ainda Baden Powell
Assobiada e cantada pelos escoteiros
E cada um que sugira assim tão lindas
Aquelas que na vida nos fizemos gostar
Acho que desse jeito
Quando tiver que ir
Eu partirei contente
E mais contente ainda
Se deixarem vivas as flores
E suas sementes
Em vasos pequeninos
Que estarão sendo entregues
Como lembranças de uma vida
Que renascerá sempre...
Cubram-me apenas com um véu
A simbolizar a energia da vida
Feita de oxigênio
Alimento máximo
...do universo....
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Márcia Fernandes Vilarinho Lopes

03-01-2015
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